Termina nesta sexta-feira (3) a primeira etapa da campanha de vacinação contra a Poliomielite. Mais de 132 mil crianças de Salvador já foram vacinadas, o que representa 62,4% do esperado pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS). A expectativa é imunizar pelo menos 212 mil crianças, mas por conta dos feriados no mês de junho, a meta pode não ser alcançada. "Nós estávamos trabalhando com a idéia de vacinar pelo menos 95% das crianças, mas por causa desses feriados acredito que vamos chegar a 80%, o que é uma pena", explica a coordenadora do setor de doenças imunopreviníveis da SMS, Ana Rita Vasconcelos.
Na capital baiana, a vacina está disponível em todas as unidades de saúde do município. Mesmo com a erradicação da doença no Brasil, ainda há risco da reintrodução do vírus selvagem no país. "No ano passado não alcançamos a meta de 212 mil crianças, e isso vem se repetindo a cada ano, o que nos deixa preocupados, uma vez que as crianças que não são vacinadas ficam suscetíveis ao vírus que pode vir de outros paises da África", afirma Ana Rita Vasconcelos. Por isso, o objetivo da campanha é assegurar que todas as crianças menores de cinco anos sejam imunizadas.
A criança que tomou a vacina no ano passado pode ser vacinada novamente. Apenas aquelas que passam por quimioterapia, radioterapia, ou estejam com febre alta ou tomam altas doses de corticóide devem adiar a aplicação, já que a dose não fará efeito.
Mesmo com o fim da campanha, elas ainda poderão ser vacinadas nos postos de saúde. Além da imunização contra a poliomielite são ofertadas nos postos doses contra tuberculose, hepatite b, rotavírus humano, difteria, tétano, coqueluche, febre amarela, caxumba, rubéola e sarampo.
Poliomielite - A poliomielite, ou paralisia infantil, é uma doença infectocontagiosa viral aguda que atinge principalmente crianças de até 5 anos. A enfermidade é transmitida pelo poliovírus, que entra pela boca. Ele é carregado pelas fezes e gotículas expelidas durante a fala, tosse e espirro da pessoa contaminada. Falta de higiene pessoal e de saneamento na moradia e concentração de muitas crianças na mesma casa favorecem a transmissão. O período de incubação (tempo que demora entre o contágio e o desenvolvimento da doença) é geralmente de 7 a 12 dias, mas pode variar de 2 a 30 dias. A transmissão pode ocorrer durante o período de incubação.
Os sintomas da doença são variáveis e de 90% a 95% dos casos a pólio não apresenta indício algum. Nos casos em que há paralisia ocorre instalação súbita da deficiência motora, febre, paralisia, principalmente dos membros (com mais frequência os inferiores), flacidez muscular e diminuição ou ausência de reflexos profundos na área paralisada. A pólio pode deixar sequelas graves e, em alguns casos, levar à morte. A prevenção é feita através da vacinação, que garante proteção contra a doença por toda a vida.
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